Estava há dias pensando sobre o que seria minha nova postagem aqui (Sei que não tenho postado muito e também não vou prometer que vou postar direto. Mas, sempre que puder, escreverei. A proposta é, desde o início, escrever aqui como um hobby, e não como um compromisso. Mas, obrigada a todos que dedicam um pouquinho do seu tempo pra ler). Enfim, cogitei os filmes que assisti no ano passado, mas como ainda tenho alguns da listinha pra assistir, deixarei para próxima. Pensei nos livros recentes que li ou em algum seriado, mas, também ficarão pra próxima. Resolvi escrever sobre um dos meus filmes preferidos (do qual eu nunca canso de falar sobre): Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Se você ainda não viu, recomendo que assista, tipo, urgentemente.
Do ano de 2004, ele mistura ficção científica com romance, é uma obra complexa, mas tem um roteiro incrível e super original. A sinopse mais simples sobre: Ao descobrir que sua ex-namorada se submeteu a um tratamento experimental para apagá-lo de suas lembranças, Joel decide passar pelo mesmo processo. Porém, durante a experiência, ele percebe que não quer esquecê-la.
Quem está acostumado a ver o Jim Carrey como um comediante, vai se surpreender com ele nesse filme. A história causa muitas reflexões, mas a principal, pelo menos pra mim, é sobre a vontade das pessoas esquecerem aquilo que vivenciaram em um relacionamento quando ele acaba, ou quando se magoam. Fico pensando no momento (ou a sucessão de momentos) em que os defeitos ficam tão gritantes a ponto de se sobressaírem das coisas boas.
Imagine a seguinte situação: alguém marcou fortemente a sua vida. A pessoa te magoa, tudo acaba, a mistura de sentimentos toma conta. Você descobre que existe um tratamento que você pode fazer para apagar essa pessoa da sua mente, e então, sua vida voltaria ao normal e seria como se ela nunca tivesse existido. Você se submeteria a esse tratamento?
Quando Joel descobre que a Clementine (♥) apagou todas as memórias dos dois, ele imediatamente quer apagar também. Mas, quando ele está passando pelo tratamento para apagar, ele revive as memórias dentro de sua própria mente em forma de retrospectiva, da última lembrança à primeira, então ele se dá conta de todos os momentos bons que eles viveram, tudo que fez com que os dois se apaixonassem. E aí ele começa a tentar fugir do tratamento, pois ele percebe que não quer esquecê-la. É emocionante, é revoltante, é triste, é lindo, enfim, não tenho palavras suficientes para descrever, é um filme que só assistindo para sentir todas as emoções e refletir sobre tudo que ele passa.
(♥) Clementine, interpretada pela atriz Kate Winslet chama atenção inicialmente pelas diversas cores do seu cabelo, instáveis assim como ela. A primeira cor que aparece no filme é azul, ela têm o cabelo azul quando (re)conhece Joel, significando o recomeço e a harmonia inicial que há entre eles. Mas, ela também tem o cabelo azul quando esquece Joel, aí significando uma certa frieza. No auge da paixão de ambos, a cor do seu cabelo é vermelho. O laranja é usado quando eles tem uma maior intimidade na relação, quando o namoro começa a complicar e também quando eles terminam. E quando ela usa o verde, (a última cor, mas como é retrospectiva, é quando eles se conhecem) representa a receptividade, e, ao mesmo tempo, esperança que ambos tem de se encontrar novamente.
Os diálogos são muito marcantes. Principalmente, as falas da Clementine durante o filme.
"Eu sou só uma garota ferrada procurando pela minha paz de espírito."
"Eu estou sempre ansiosa pensando que não estou aproveitando direito a vida"
Enfim, dividi um pouquinho, só um pouquinho mesmo, porque se eu for falar todas as reflexões e sentimentos que "Eternal sunshine of the spotless mind" me causa, levaria horas. Se alguém assistir ou já assistiu e quiser falar sobre comigo, sinta-se completamente à vontade! Teremos assunto por horas! :)
XX Kauana Amine